sábado, 15 de outubro de 2011

Os fluídos circulatórios

Existem dois fluidos circulatórios o sangue e a linfa.

O Sangue



Os constituintes do sangue:



Plasma sanguíneo

Função – transporte de células sanguíneas
Tempo de duração – está sempre a ser renovado
Local de formação – não tem (é reposta através dos alimentos)


Glóbulos brancos ou os leucócitos

Função - defesa do organismo
Forma - irregular e com núcleo
Tempo de duração - uma semana
Origem - medula vermelha dos ossos e órgãos linfáticos (timo, baço e gânglios linfáticos).
Propriedades - diapedese, fagocitose e produção de anticorpos.

Diapedese - é a capacidade que todos os leucócitos têm de mudarem de forma e saírem pelas paredes dos capilares.

Fagocitose - o leucócito detecta o corpo estranho e envolve-o com os pseudópodes (falsos pés), depois digere-o num vacúolo. Os leucócitos que tratam da fagocitose são os Macrofagos que significam grandes comilões.



Produção de anticorpos




Os linfócitos detectam os corpos estranhos (os antigénios), e produzem anticorpos que os neutralizam. Depois serão os Macrofagos que englobam o complexo através da fagocitose, eliminando o agente patogénico do organismo.

A partir do momento que o organismo entra em contacto com o corpo estranho, os linfócitos produzem os anticorpos e memorizam a informação desses anticorpos para uma próxima vez. Assim, a reacção do organismo é mais rápida ao agente estranho quando este invade o organismo pela segunda vez.

Curiosidade:
É por esta razão que dizemos que certas doenças só se apanham uma única vez, mas a verdade é que desde que se entre em contacto com o agente que provoca a doença, o nosso organismo reage de imediato, produzindo os anticorpos que tem em memória. Deste modo não chegamos a ter os sintomas da doença.

As plaquetas sanguíneas ou trombócitos

Função – ajuda no mecanismo da coagulação do sangue
Forma – irregulares.
Tempo de duração - cerca de uma semana.
Origem - medula vermelha dos ossos.
Propriedades - Mecanismo de Coagulação do sangue

Não são verdadeiras células mas sim fragmentos de outras células, por isso não têm núcleo e têm a sua origem na fragmentação de células presentes na medula vermelha dos ossos.

Mecanismo de coagulação do sangue




1 – A pele sofre uma ruptura e as plaquetas dirigem-se ao local da lesão.
2 - Tendo a capacidade de aderirem entre si, ligam-se umas às outras não deixando o sangue sair.
3 – As hemácias e os leucócitos ficam “presos” às plaquetas. O fibrimogénio (proteína solúvel) passa a fibrina e constitui que forma a crosta da ferida.


Os glóbulos vermelhos, Hemácias ou eritrócitos

Função - transporte de oxigénio e de dióxido de carbono
Forma - regular, discos bicôncavos
Tempo de duração - cerca de 120 dias na corrente sanguínea.
Origem - medula vermelha dos ossos.

Os glóbulos vermelhos são células de forma regular que perdem o núcleo assim que entram na corrente sanguínea.

A hemoglobina contém ferro, ou seja esta acelera a passagem do oxigénio para a corrente sanguínea e facilita a passagem do dióxido de carbono para os alvéolos pulmonares.

Oxi-hemoglobina - transporta o oxigénio dos alvéolos para os tecidos.
Carbo-hemoglobina – transporta o dióxido de carbono dos tecidos para os alvéolos pulmonares.



A Linfa

A linfa deriva do sangue. A sua diferença para com ele é que a linfa não possuí glóbulos vermelhos, ou seja é constituída por leucócitos, plaquetas e plasma. É incolor porque não possui glóbulos vermelhos.

A linfa distribui os nutrientes e os gases para o sangue e depois para as células.

O sangue circula em vasos sanguíneos, ao contrário da linfa que circula em vasos linfáticos quando é circulante em espaços por entre as células quando é intersticial.

Os gânglios linfáticos são dilatações responsáveis pela formação dos linfócitos e estão presentes nos vasos linfáticos, quando estamos doentes eles incham para começarem a produzir os glóbulos brancos que produzem anticorpos.

O baço e o timo também fazem parte do sistema linfático, é neles que se produz a linfa.



Todas as imagens foram tiradas do site:
http://ciencias3c.cvg.com.pt/nono/cardioresp.html

Organização dos seres vivos



O ser humano é constituído por uma célula que dá origem ao tecido (conjunto de células), estas vão originar o orgão e por fim o aparelho.

Um sistema é um organismo do ser vivo.

Morfoligia dos orgãos - é o estudo da forma, localização e constiuição dos orgãos.
Fisioligia dos orgãos - é o estudo da função dos orgãos.

Estas imagens foi tiradas respectivamente dos seguintes sites:
www.ehd.org
www.marinalopezp.blogspot.com
www.santalucia.com.br
www.cnaturais9.wordpress.com

domingo, 9 de outubro de 2011

Indicadores do estado de saúde de uma população

Para se conhecer o estado de saúde de uma população existem vários indicadores. Como por exemplo:

• Taxa de mortalidade infantil;
• Esperança média de vida;
• Taxa de doenças infecto-contagiosas;
• Taxa de doenças cardiovasculares.
• Taxa de obesidade.

Taxa de Mortalidade Infantil - relaciona o número de mortes por crianças com menos de 5 anos de vida com o número de nascimentos ocorridos no mesmo período, Expressa-se em permilagem (nº de crianças que morrem por mil nascimentos).



Esta imagem foi adaptada do site:
http://esesba.blogspot.com/

Esperança Média de Vida - é o número de anos que uma pessoa, à nascença, pode esperar viver.



Esta imagem foi tirada do site:
www.leomat.blogspot.com

Taxa de doenças infecto-contagiosas – as doenças infecto-contagiosas como a malária, a SIDA e a tuberculose, são causadas por agentes patogénicos e provocam anualmente milhões de mortes em todo o Mundo.



Esta imagem foi tirada do site:
www.insa.pt

Taxa de doenças cardiovasculares – as doenças cardiovasculares afectam o coração e os vasos sanguíneos. Estão relacionadas com o sedentarismo, o tabagismo, o stress e maus hábitos alimentares.



Esta imagem foi retirada do site:
www.sonatura.com.br

Taxa de obesidade – a obesidade é uma doença em que o excesso de peso afecta a saúde, e desenvolve e agrava outras doenças.



Esta imagem foi tirada do site:
www.emagrecer.pt

Medidas de promoção da Saúde

Para a promoção da saúde há que ter em conta a prevenção.
Há vários níveis de prevenção da saúde: primária, secundária e terciária.

Prevenção primária - está directamente relacionada com as vacinas. A utilização das vacinas permite combater doenças, na sua maioria mortais.

Prevenção secundária - está relacionada com os rastreios, detecção precoce de doenças.
Exemplos de rastreios: higiene oral, visão, colesterol, glicose, hipertensão e muitos outros. Estes rastreios são importantes porque é mais fácil de actuar no início de uma doença, evitando complicações no avançar da doença.

Prevenção terciária - diz respeito à reabilitação da doença.
Exemplos: fisioterapia, programas de reabilitação para tóxico-dependentes e alcoólicos, intervenções cirúrgicas correctivas, etc.

Medidas que promovem a saúde:

• Hábitos individuais de saúde (alimentação equilibrada, higiene corporal, prática de exercício físico);
• Melhoria das condições de higiene e salubridade (ambiente propício à saúde) (recolha e tratamento dos resíduos sólidos, habitações que asseguram as condições de salubridade, eliminação dos focos de contágios, medidas anti-sépticas, tratamento e distribuição da água potável).
• Ordenamento do território e qualidade ambiental (normas da cidade/vilas, aldeias);
• Campanhas de vacinação;
• Rastreios (diagnosticar doenças);
• Campanhas de sensibilização.




Esta imagem foi retirada do site:
www.exerciciofisicoduodifusao.blogspot.com

Saúde (conceito)

• Nas antigas civilizações a saúde estava directamente relacionada com os seres divinos.
A doença era considerada um problema da alma e o feiticeiro/curandeiro através de magia e ervas fazia o seu melhor para tentar salvar a pessoa.

• Os gregos e romanos das antigas civilizações achavam que a doença era o resultado do desequilíbrio de quatro líquidos (o sangue, bílis amarela, bílis negra e fleuma).
Os desequilíbrios vinham de factores externos, como as estações, o tipo de vida e o ambiente.

• Quem veio revolucionar o conceito de saúde foi Hipócrates, um médico grego (séc. V – VI a.C.). As doenças não eram culpa dos deuses, mas sim de causas naturais.
A prática deixou de ser mágica e religiosa e passou a ser fruto da observação directa dos doentes.

• A partir do séc. XV – XVI, os conhecimentos aumentaram devido à prática da dissecação de cadáveres.
O corpo humano passou a ser encarado como uma máquina e a doença a avaria.

Curiosidade: Quando alguém estava muito doente os curandeiros pensavam que o mal estava no sangue, por isso iam a casa das pessoas faziam um corte na pele e deixavam o sangue sair. Se a pessoa morresse era porque a doença era mesmo muito grave.



Esta imagem foi tirada do site:
http://hypescience.com/dez-tratamentos-agonizantes-da-idade-media/

• No séc. IX o conhecimento dos microorganismos provocadores de doença foi fundamental para o combate de doenças como a tuberculose, a raiva e a cólera.
A saúde era entendida como a ausência da doença.

• Só há pouco tempo é que a saúde começou a ser entendida como uma questão individual e uma questão comunitária.
A verdade é que o estado de saúde de um indivíduo pode influenciar a saúde dos outros.

• Já no século XX, 1947, a Organização Mundial de Saúde (OMS), define Saúde como:
“ A situação de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas de ausências de enfermidades.”

sábado, 8 de outubro de 2011

Sucessões Ecológicas

Sucessões ecológicas – são as sucessivas implantações de espécies, que modificam as condições dum determinado local permitindo o desenvolvimento de uma nova comunidade.
Existem três fases até este atingir o seu auge:

Ecésis - É a primeira etapa de uma sucessão ecológica. Engloba a população pioneira (primeiros seres colonizadores) que vai criar condições para a existência de novas espécies.
Ex: cianobactérias e líquenes.

Desenvolvimento - Vão existindo sucessivas transformações e instalação de novos organismos diversos.

Climáx - é quando o ecossistema não se expande mais, atinge o equilíbrio e o seu máximo de extensão.



Esta imagem foi tirada do site:
www.tanyluchetty.blogspot.com

Sucessão primária – é quando uma sucessão ecológica tem início num sistema novo, totalmente desabitado.

Sucessão secundária – é quando se instala pela segunda vez uma sucessão ecológica num sistema que foi destruído por uma catástrofe natural.

Aqui está uma tabela de resumo:



Esta imagem foi tirada do site:
www.ciencias3c.cvg.com.pt

Teias e Cadeias Alimentares

Os seres vivos de uma comunidade são ligados através de sua alimentação.

Cadeia Alimentar: é uma sucessão de seres em que cada um se alimento de outro que por sua vez vai servir de alimento a outro, dentro de um ecossistema. A cadeia mostra a transferência de matéria e energia por meio de uma série de organismos.




Nível trófico é a forma que cada ser obtém alimento num ecossistema. Existem quatro níveis tróficos:

- Produtores – São os seres que produzem matéria orgânica através inorgânica pela fotossíntese.
Ex: plantas.

- Consumidores – são os seres que transformam matéria orgânica em inorgânica.

- Consumidores Primários ou da 1ª Ordem – são os seres que se alimentam directamente dos produtores.
Ex: herbívoros.

- Consumidores Secundários ou da 2ª Ordem – são os seres que se alimentam da 1ª ordem, e vai continuando assim por diante.
Ex: carnívoros.



Esta imagem foi tirada do site:
http://ciencias3c.cvg.com.pt/oitavo/ciclo1.html

O homem pode ser consumidor de 1ª,2ª ou de ordem superior.

- Decompositores – Por fim existem os seres que transformam a matéria orgânica em inorgânica através da decomposição. São muito importantes porque devolvem os elementos químicos ao ambiente.

Seres autotróficos – são seres que produzem os seu próprio alimento.
Ex: plantas, produtores.

Seres heterotróficos – são os seres que necessitam de outros seres para sobreviver.
Ex: decompositores, consumidores.

Teia Alimentar – várias cadeias alimentares que se intersectam em pelo menos um ser, dentro dum ecossistema.



Esta imagem foi tirada do site:
http://ciencias3c.cvg.com.pt/oitavo/ciclo1.html

A matéria mantém-se constante e a energia vai-se perdendo ao longo da cadeia alimentar.